Um daltônico sonha com cores que não vê?
Não. Não dá para sonhar com um tipo de luz que seu cérebro nunca processou – vide o fato de que nenhum humano vê ultravioleta em seus sonhos.
Não. O daltonismo é uma condição genética hereditária. O daltônico nasce com a condição e nunca viu certas cores que a maioria das pessoas enxerga – por isso, não tem a mesma referência de mundo que os não daltônicos. Não se pode sonhar com algo que seu cérebro nunca processou.
As cores são ondas eletromagnéticas (luz) de diferentes comprimentos. Percebemos essas ondas graças a células nas retinas chamadas cones. São três tipos: um detecta os comprimentos de onda puxados para o vermelho, outro se dedica à região verde, e um terceiro é responsável pelo azul. Juntos, eles dão conta de todas as cores que conseguimos ver – o espectro visível.
Os daltônicos possuem deficiências nesses cones, que variam de acordo com diferentes tipos e graus de daltonismo. Não é como se eles vissem uma mancha preta no lugar do verde, do vermelho ou do azul. Eles continuam vendo algum tipo de cor ali, mesmo que seja um tom amarronzado.
Disponível em: <https://super.abril.com.br/blog/oraculo/um-daltonico-sonha-com-cores-que-nao-ve/>. Acesso em 23 jul. 2021.
Nesse texto de caráter científico, a autora chama a atenção dos leitores por um questionamento curioso sobre um daltônico com a intenção de:
a) evidenciar uma descoberta científica que comprova a manifestação de cores entre indivíduos com particularidades genéticas.
b) resumir os resultados de uma pesquisa que trouxe evidências de como as cores são processadas pelos seres humanos.
c) sintetizar a ideia de que as cores são detectadas a partir de ondas eletromagnéticas que se transformam em um espectro visível.
d) destacar a experiência que confirma uma investigação sobre a forma como os daltônicos processam cores diferentes em seu cérebro.
e) condensar a conclusão de que as cores são vistas de maneiras distintas por cada um dos indivíduos.
RESPOSTA
Letra C.
O texto explora a condição genética de daltonismo para introduzir aos leitores uma informação teórica acerca do processamento das cores entre os seres humanos. O segundo parágrafo que o compõe deixa clara a intenção de síntese sobre o assunto central proposto pela revista científica, o que é confirmado na objetividade do discurso em “As cores são ondas eletromagnéticas (luz) de diferentes comprimentos.”